21 de jun. de 2011

Análise da Honda XL 700V Transalp

Apesar de seu uma das motos mais “veteranas” do mercado mundial, a recém-lançada entre nós Honda Transalp dá um show de eficiência.

Ela não é a trail mais potente do mercado, nem a mais leve, nem a mais barata, mas seja para onde você quiser ir ela te leva com competência inigualável. Há quem critique a Honda por trazer ao nosso mercado uma moto com projeto tão antigo – do fim dos anos 80 e revisto cerca de três anos atrás. Esquecem que tantos anos de mercado podem significar um produto maduro e isento de defeitos. Ela foi concebida para viajar, seja pelo asfalto ou pela terra, sozinho ou com acompanhante, e faz isso há décadas. É perfeita para nosso território, indiscutívelmente.

Para conhecer a novidade, nada melhor que uma viagem. Conferimos seu desempenho em um trajeto não muito longo, cerca de 350 km, mas compensamos tal brevidade percorrendo terrenos variados. Como havíamos afirmado, a posição de pilotagem é extremamente confortável. O guidão é alto, não tão largo quanto uma moto de cross, e o tanque é estreito na altura dos joelhos. O banco tem espuma de conformação e densidade correta, e é bem ergonômico. Única ressalva: as manoplas são duras e uma ligeira vibração a 120 km/h faz as mãos adormecerem. Já os pés não sofrem:as pedaleiras têm borrachas. Com o tanque de 17,5 litros cheio até a boca e com um piloto de 80 kg, ela registrou um consumo médio de 17 km/litro num ritmo dentro das leis de trânsito, sem nada de exageros, o que representa uma autonomia de cerca 280 km com um tanque. Todavia com 240 km marcados no hodômetro o indicador digital de combustível começa a piscar, avisando da necessidade de reabastecimento.

Anda bem? – Se o consumo não é de se bater palmas a culpa cabe a quem? O piloto se comportou, mas de fato o V2 desta Honda não é dos mais recentes e lembremos que a Transalp não é uma moto leve: 214 kg com o tanque cheio, na versão sem ABS. E tais quilos não apenas incidem no veredicto da bomba de combustível como também no cronômetro, portanto a aceleração não é exatamente emocionante. Mesmo levando o giro do motor até a faixa vermelha, a Transalp não oferece aquela sensação da roda da frente querer sair do chão e isso, considerando ser ela uma trail de perfil touring, não é um defeito, denotando uma moto equilibrada e sem aspectos de radicalidade. Se por um lado a Transalp frustrará alguns com sua falta de potência em alta, alegrará os que sabem valorizar um motor com bom torque. Tal característica faz as retomadas serem consistentes, facilitando a vida em ultrapassagens pois quase não é necessário reduzir marchas no econômico mas eficaz câmbio de 5 velocidades.

Equilibrada - Com suspensão dianteira extremamente macia e razoável curso de 177 mm, os buracos brasileiros não são problema para a Transalp. Também o sistema de suspensão traseiro, monoamortecedor Pro Link, conta com fácil regulagem de pré-carga da mola, localizada na lateral esquerda, que requer uma simples chave de fenda para ser ajustado. O conforto da Transalp não advém apenas de sua boa ergonomia, assento confortável ou boas suspensões: a bolha parabrisa pode parecer pequena, mas dá conta do recado até 100 km/h. Todavia ela é capaz de chegar a 188 km/h reais, o que explica a oferta, no exterior, de bolhas maiores no mercado paralelo. Nas acelerações ela marcou um 0 a 100 km/h em 5 s e cumpriu 0 – 400 m em 14 s – o que não é certamente marca emocionante mas efetivadas com mínimo esforço e baixo ruído do motor. A dirigibilidade é ótima para uma trail: entra em curvas com facilidade e as percorre bem inclinada, sem reações negativas. A unidade testada não contava com ABS, porém os freios são bons e seguros. De ruim mesmo, por enquanto, o preço: salgado já na tabela, vem sofrendo ágio de 3 mil reais ou mais sobre o preço sugerido pela Honda, o que é algo inaceitável mesmo para uma moto esperada tão ansiosamente.

Fonte: A Revista da Moto!

Um comentário:

gazeredo disse...

A minha honda transalp é com c abs, e esta com 5500km, fiz uma viagem de Balneário Camboriu, passando por Itapetininga, com destino final Campos do Jordão, neste trajeto atravessei o parque estadual Carlos Botelho – serra, estrada de chão com buracos e lodo-, a moto estava com os bauletos laterais, bau givi 45 litro, e com carona. Já tive várias motocicletas, entre elas as motos honda varadero 1000, duas yamaha tdm 900, v strom 1000, V strom 650, bmw gs 1200 adventure, harley Davidson ultra glide,Honda hornet 600, harley Davidson heritage classic, Honda falcon nx 400, duas cbr 1000 rr, cbr 600 rr, Suzuki gsxf 750, portanto posso falar em termos de comparativo real. Fiquei surpreso com o desempenho da Honda xl 700 transalp, principalmente naquela estrada do parque estadual carlos Botelho, pois tinha chovido, e em alguns pontos foi passada a patrola –estrada de terra-, assim barro solto e espesso, muitos buracos, trajeto muito difícil. Somente quem andou naquele estrada, para saber o que é, e a Honda transalp 700 encarou sem problemas. Assim a transalp 700 com c abs, é uma moto muito forte, confortável, estável, com consumo médio 18km, minimo 16km, e máximo 20km/l. Não acredito que existe no mercado nacional no momento uma motocicleta que proporcione o que a transalp 700, oferece pelo peço de R$ 37000,00 com c abs.Recomendo esta moto, e não acredito que a v strom 650 ou a versys fariam o percurso que fiz no parque estadual Carlos Botelho, nas mesmas condições que eu enfrentei. Daqui a um ano veremos que a transalp 700, será o mesmo sucesso que é a na Europa. Temos agora no mercado nacional a BMW G 800 GS, uma motocicleta mais off Road, preço superior em mais de 20% do que praticado pela transalp, menos de 15 concessionários no Brasil- revisões, garantia, etc., e com várias informações de defeitos de rolamentos, vazamento de óleo.